A PRESCRIÇÃO MBT







A PRESCRIÇÃO MBT
As modificações em relação ao aparelho de Andrews propostas por Bennett e McLaughlin foram:
O torque nos incisivos foi aumentado em 10º (7º para 17º) no central superior e 7º (3º para 10º) no lateral superior porque, durante o fechamento de espaços e redução do trespasse horizontal, havia a tendência de se perder o torque nestes dentes. Nos incisivos inferiores, o torque foi alterado de -1º para -6º, pois estes dentes terminavam freqüentemente vestibularizados após a eliminação do apinhamento e nivelamento da curva de Spee. O torque nos molares superiores não foi modificado, porém mudaram a angulação de 5º para 0º, pois não mais estavam posicionando as bandas nos molares com uma certa angulação, ou seja, com sua porção mesial mais baixa que sua porção distal, não sendo necessário este ajuste na angulação incorporada no desenho do braquete. Nos segundos molares inferiores, nos quais os valores normais eram de 35º, esse torque foi reduzido para 10º, pois há uma tendência consistente destes dentes se inclinarem para a lingual quando se usa a prescrição de torque negativo de 35º ou mesmo de 20º devido a:
• Inadequações na altura do tubo entre os primeiros e segundos molares.
• Se o arco for mais estreito na distal dos primeiros molares inferiores.
• Efeito extrusivo das cúspides dos segundos molares superiores.
o uso da prescrição de 10º de torque lingual e 2º de angulação é útil no controle do torque do segundo molar inferior.
Essas foram as modificações iniciais propostas pela prescrição MBT. Em 1998, APÓS NOVA REVISÃO e inclusão de Trevisi, os autores atribuíram angulações menores aos in-
cisivos superiores e inferiores(de 5º para 4º nos centrais superiores, de 9º para 8º nos laterais superiores e de 2º para 0º nos incisivos inferiores) porque isso, segundo eles, diminuiria a necessidade de ancoragem no início do tratamento.
Nos pré-molares superiores, reduziram as angulações de 2º para 0º, pois achavam que assim, verticalizados, eles iriam estar mais direcionados a uma relação de engrenamento oclusal. Já nos pré-molares inferiores, achavam que a angulação original os direcionava para uma relação de Classe I.
O torque nos molares superiores foi alterado de -9º para -14º, pois na primeira situação, as cúspides palatinas se encontravam suspensas e causando interferências oclusais em cêntrica.
O torque lingual nos dentes inferiores foram todos reduzidos.
- caninos (de -11ºpara -6º);
- 1os pré-molares (de -17º para -12º);
- 2os pré-molares (de -22º para -17º);
- 1os molares (-30º para -20º);
- 2os molares (-35º para -10º).
Estes elementos sofreram essas reduções por alguns motivos:
- durante a retração de caninos ou de pré-molares era melhor que estes estivessem mais verticalizados, ao invés de a sua raiz estar em contato com a cortical óssea, criando assim certa resistência ao movimento dentário.
- os casos de estreitamento do arco superior com compensação do arco inferior se beneficia-
riam da verticalização dos dentes póstero-inferiores.
- os segundos molares inferiores “deslizavam” lingualmente com os 35º propostos na técnica de
Andrews.

REFERÊNCIA:
McLAUGHLIN, R. P.; BENNETT, J. C.; TREVISI, H. O sistema do
aparelho versátil MBT. O desenvolvimento de uma mecânica e
filosofia de tratamento – parte 1. Rev Dental Press Ortodon
Ortop Facial, Maringá, v. 3, n. 3, p.15-23, maio/jun. 1998.

Comentários

  1. O bráquete bidimensional na prescrição M.B.T. visa facilitar a mecânica do tratamento, em especial nos casos de Classe II.

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  2. o incisivo lateral superior que continha o braquete com a prescrição de Ricketts, apresentou em estudo comparativo,uma menor inclinação vestibular de seu longo eixo.

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  3. A avaliação qualitativa da movimentação do incisivo central superior indicou um maior deslocamento vestibular da coroa para as prescrições que estipularam os maiores valores de torque
    para os incisivos centrais (Ricketts, MBT, Alexander e Roth)

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