Mordida Cruzada




MOYERS definiu a mordida cruzada como a incapacidade dos arcos superior e inferior
em ocluir normalmente em uma relação lateral, podendo ser decorrente de problemas
de posicionamento dentário, de crescimento alveolar ou de uma grave desarmonia entre a maxila e a mandíbula. Segundo ele, alterações das bases ósseas, musculares,
dentárias, traumatismos, perda precoce de dentes decíduos, hábitos de sucção e
postura seriam alguns dos fatores que levariam à mordida cruzada. Ele ainda as
classifica, baseado nos fatores etiológicos,em três tipos, a saber:

1) Dentárias: aquelas causadas por uma inclinação axial lingual de um ou mais dentes superiores;
2) Musculares ou Funcionais: originadas por uma adaptação funcional às interferências dentárias; e
3)Ósseas: decorrentes de alterações no crescimento ósseo, ou seja, crescimento assimétrico da maxila ou mandíbula, ou uma relação anormal entre ambos.
As mordidas cruzadas funcionais podem ser produzidas por:
1) interferências dentárias, 2) distúrbios têmporo-mandibulares e 3) uma assimetria dos arcos superior e inferior. Ainda as interferências oclusais, ou seja, dentes mal posicionados, sensíveis ou traumatizados, perda prematura de dentes decíduos, dentes decíduos anquilosados, restaurações oclusais falhas e atividade anormal dos lábios levam a mordidas cruzadas funcionais.
De acordo com WOOD , as mordidas cruzadas funcionais podem ser produzidas
por:
1) interferências dentárias,
2) distúrbios têmporo-mandibulares e
3) uma assimetria dos arcos superior e inferior.
CHENEY relata que interferências oclusais,ou seja, dentes mal posicionados, sensíveis ou traumatizados, perda prematura de dentes decíduos, dentes decíduos anquilosados,restaurações oclusais falhas e atividade anormal dos lábios levam a mordidas cruzadas funcionais.
O desenvolvimento de uma mordida cruzada é usualmente acompanhado por um desvio
da mandíbula para o lado afetado quando do fechamento da boca . A forma mais simples de mordida cruzada observada na dentição decídua ou início da mista é aquela causada por interferências dentárias, especialmente dos caninos decíduos. Em outros casos, as interferências podem ocorrer durante o processo de ajuste, na região de molares decíduos, mas os princípios básicos para o desgaste são os mesmos para ambas as regiões. Estas interferências podem levar a um desvio mandibular lateral e, em alguns casos, protrusivo. Como uma tentativa de se evitar estas interferências, o paciente desvia lateralmente a mandíbula, a fim de encontrar a posição de máxima intercuspidação. Esta mordida é denominada mordida cruzada posterior funcional.
SILVA FILHO e colab. , relatam que ao manipularmos a mandíbula em relação
cêntrica, podemos verificar, quase sempre,que o comprometimento do arco superior é
simétrico, ou seja, em cêntrica, existe uma mordida de topo bilateral, geralmente com
contato prematuro dos caninos decíduos.Como este padrão de oclusão não oferece
estabilidade, ocorre desvio da mandíbula buscando uma posição de conforto. Assim,
as características desta mordida cruzadasão: padrão unilateral, com desvio da linha
média e cruzamento de todos os dentes após o canino.
Ao se manipular a mandíbula em relação cêntrica, podemos verificar, quase sempre, que o comprometimento do arco superior é simétrico, ou seja, em cêntrica, existe uma mordida de topo bilateral, geralmente com contato prematuro dos caninos decíduos. Como este padrão de oclusão não oferece estabilidade, ocorre desvio da mandíbula buscando uma posição de conforto. Assim,as características desta mordida cruzada são: padrão unilateral, com desvio da linha média e cruzamento de todos os dentes após o canino.
WEST encontrou que interferências funcionais não tratadas são mais comuns
resultarem em maloclusões de maior complexidade do que qualquer outro tipo de
problema na dentição decídua. Segundo ele, os objetivos do tratamento precoce na
dentição decídua são: 1) remoção das interferências para a normalização da função
As mordidas cruzadas posteriores não são auto-corrigíveis e se não tratadas, os molares e pré-molares permanentes erupcionam em mordida cruzada. e crescimento; 2) manutenção de uma função normal e 3) correção de desarmonias
ósseas.
O tratamento precoce através somente do desgaste, ou em combinação com a
expansão, é aconselhado para reduzir a prevalência das mordidas cruzadas e,
provavelmente, em alguns casos, eliminar a necessidade de tratamento em estágios
posteriores do desenvolvimento da oclusão.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MOYERS, R. - Ortodontia, 3ª ed., trad. Décio Rodrigues Martins, Ed. Guanabara-Koogan, 1988.
CHENEY, E. A. - Indications and Methods for Interceptation os Functional Crossbites and Interlockings. Dent Clin Noth Am, p. 385-401, 1959.
SILVA FILHO, O. G.; ALVES, R.M.; CAPELOZZA FILHO - Alterações Cefalométricas ocorridas na dentadura mista após o uso de um expansor fixo tipo quadrihélice Ortodontia, v.19, p.22-33, 1986.
WOOD, A. W. S. - Anterior and Posterior Crossbites J Dent Child v.29, n.4, p. 280- 285, 1962.

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