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Mostrando postagens de outubro, 2009

Mordida Cruzada

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MOYERS definiu a mordida cruzada como a incapacidade dos arcos superior e inferior em ocluir normalmente em uma relação lateral, podendo ser decorrente de problemas de posicionamento dentário, de crescimento alveolar ou de uma grave desarmonia entre a maxila e a mandíbula. Segundo ele, alterações das bases ósseas, musculares, dentárias, traumatismos, perda precoce de dentes decíduos, hábitos de sucção e postura seriam alguns dos fatores que levariam à mordida cruzada. Ele ainda as classifica, baseado nos fatores etiológicos,em três tipos, a saber: 1) Dentárias: aquelas causadas por uma inclinação axial lingual de um ou mais dentes superiores; 2) Musculares ou Funcionais: originadas por uma adaptação funcional às interferências dentárias; e 3)Ósseas: decorrentes de alterações no crescimento ósseo, ou seja, crescimento assimétrico da maxila ou mandíbula, ou uma relação anormal entre ambos. As mordidas cruzadas funcionais podem ser produzidas por: 1) interferências dentárias, 2) distúrbio

Elásticos de Classe I

São aplicados a dentes em um mesmo arco dentário e, por isso, são chamados de elásticos intramaxilares. Sua indicação é no fechamento de espaços, retração de dentes, correção de giroversões ou como auxiliares em diferentes mecânicas ortodônticas. A correção de giroversões pode ser feita com a utilização de botões colados na face vestibular e lingual do dente girado, bem como nos dentes vizinhos, associada ao uso de elásticos, formando um binário de forças para essa correção. Outra utilização dos elásticos é como coadjuvante de diferentes mecânicas ortodônticas. Na técnica segmentada de retração e intrusão simultânea de incisivos, o elástico é utilizado para criar uma força de distalização dos dentes ântero-superiores. Concomitantemente a essa força, a alça de intrusão gera uma força intrusiva. Além disso, o tracionamento de dentes inclusos com o auxílio de elásticos associados à placa de acrílico removível ou aparelhos fixos apresenta-se muito favorável e de grande aplicação clínica. Q

MOVIMENTO ORTODÔNTICO E REABSORÇÃO ÓSSEA

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SISTEMA RANK/RANL E MOVIMENTO ORTODÔNTICO A osteoclastogênese pode ser regulada via ativação do sistema RANK/RANKL (receptor ativador do fator nuclear kapa B/ ligante do receptor do fator nuclear kapa B), que é mediado pelos osteoblastos. As citoquinas,tais como a interleucina-6 (IL-6), interleucina-1 beta (IL-1ß), fatores de necrose tumoral (TNFs) e interleucina- 11 (IL-11), as quais são conhecidas por apresentar atividade osteoclástica, e a caracterização de moléculas mais novas, como o fator de ativação do receptor de ativação nuclear kappa B (RANK) e seu ligante (RANKL), a osteoprotegrina (OPG) e a proteína inflamatória dos macrófagos (MIP-1α) têm sido úteis para a base do desenvolvimento de novas terapias. Aumento em citocinas pró-iinflmatórias(IL1,6,8 e TNFa)correlaciona-se aos locais de compressão do ligamento periodontal.Indução osteoclástica, representada por pré-osteoblastos mononucleares, primeiro ocorre nos espaços vasculares e medulares da crista alveolar, seguido por aume

MORDIDA PROFUNDA E SEU DIAGNÓSTICO

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MORDIDA PROFUNDA E SEU DIAGNÓSTICO Movimento de protrusão é o movimento mandibular na direção pósteroanterior, de aproximadamente 10 mm.No movimento protrusivo, os côndilos deslizam sobre a eminência articular (guia posterior), e simultaneamente os dentes incisivos inferiores deslizam sobre a fossa lingual dos incisivos superiores (guia anterior). A relação dos planos inclinados distais das cúspides dos dentes superiores e os planos inclinados mesiais das cúspides dos dentes inferiores, permitem a desoclusão de todos os dentes posteriores. Este movimento é importante para o diagnóstico de mordida profunda, pois é na desoclusão dos posteriores que permite ver a necessidade de tratamento de um trespasse vertical. A condição normal de desoclusão é de 1 a 2 mm quando do movimento de protrusão, com os incisivos inferiores deslizando sobre a superfície palatina do superiores. Quando esta medida ultrapassa 4 mmm há a necessidade de tratamento.

ANÁLISE FUNCIONAL& DESVIO DE LINHA MÉDIA

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ANÁLISE FUNCIONAL& DESVIO DE LINHA MÉDIA Para o diagnóstico do paciente em ortodontia, na avaliação faz-se a ANÁLISE FUNCIONAL, associando-se às outras análises, como as de modelo, radiográfica, exame clínico. A análise funcional possibilita visualizar como ocorre a oclusão na sua dinâmica, ou seja, na sua função de movimentos de abertura e lateralidade, partindo-se da posição de Relação Central. Primeiro determina-se a posição de repouso e do Free Way Space. SEQUENCIA DO EXAME: DETERMINAR A POSIÇÃO DE REPOUSO REGISTRAR E MEDIR A POSIÇÃO DE REPOUSO AVALIAR O RELACIONAMENTO DA POSIÇÃO DE REPOUSO DA MANDÍBULA NA DIMENSÃO SAGITAL, VERTICAL E TRANSVERSAL. Em cada plano, tanto sagital, vertical ou transversal, avalia-se o relacionamento da posição de repouso à oclusão habitual. No plano transversal se houver interferências oclusais que atrapalhem o trajeto do repouso até a oclusão habitual, esta poderá se manifestar por desvio de linha média. A partir daí, o tipo de desvio vai determina

FIOS ORTODÔNTICOS

FIOS ORTODÔNTICOS PROPRIEDADES Para o entendimento das particularidades de cada fio, torna-se fundamental o conhecimento de algumas propriedades das ligas metálicas. CARGA X DEFLEXÃO O comportamento do fio ortodôntico quanto à sua liberação de forças,segue um desenho representado por um gráfico carga / deflexão, que registra a quantidade de força acumulada para cada milímetro de deformação. Seguindo a clássica lei de Hooke29, se um fio for flexionado para incluir no arco um dente que está desnivelado, haverá maior carga acumulada, quanto maior a distância de deflexão. Logo, para cada milímetro de aumento da ativação, o fio acumulará proporcionalmente mais carga. Deste modo, com o uso do aço inoxidável, que se comporta desta maneira, quanto mais mau posicionadoestiver este dente, haverá maior dispersão de carga, obviamente repercutindo sobre os dentes adjacentes. Entretanto, há um limite para esta deflexão. Diante de uma deflexão exagerada, este fio não volta mais a sua forma original,

Classificação da ancoragem ortodôntica

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Classificação da ancoragem ortodôntica A ancoragem pode ser definida como a quantidade de movimentação do bloco posterior (molares e pré-molares) quando do fechamento de espaço de extração com a i nalidade de se atingir os objetivos do tratamento. Ela pode variar de absoluta (onde nenhum dente posterior deveria se movimentar para mesial), moderada (onde metade do espaço da extração será ocupado pelo bloco posterior e metade pela retração do anterior) ou ainda de leve, onde o bloco posterior migraria livremente para mesial fechando todo o espaço da extração. Segundo Nanda1, a ancoragem pode ser classificada da seguinte forma (Fig. 30): - Grupo A: Esta categoria descreve a manutenção crítica dos dentes posteriores em posição. Setenta e cinco por cento ou mais de ancoragem dos dentes posteriores é requerida para a retração do bloco anterior (Fig. 30B). - - Grupo B: Esta categoria descreve um fechamento de espaço relativamente simétrico com movimento igual da bateria posterior e da anterio

Ajuste Oclusal no tratamento ortodôntico

Ajuste Oclusal O ajuste oclusal (coronoplastia) é o estabelecimento de força oclusal fisiológica, pela reformulação dos dentes através de desgaste seletivo12. As regras fundamentais para realizar o ajuste oclusal são12: 1. Minimizar a força lateral; 2. Não permitir alterações da dimensão vertical; e 3. Preparar um contorno dental adequado para estabelecer eficiência mastigatória ótima. O ajuste oclusal realizado de 6 meses a 1 ano após o término das correções, possibilita, entre outros aspectos, a eliminação de interferências durante os movimentos funcionais da mandíbula, e o aumento do número de contatos na oclusão de relação cêntrica.Roth (1973) também adota o ajuste oclusal como método de refinamento dos resultados ortodônticos,porém, não de forma rotineira, pois, trata-se de um procedimento que exige muita precisão e consumo de tempo, devendo ser reservado apenas para os casos nos quais o tratamento ortodôntico não tenha alcançado um resultado idea. É importante ressaltar que o aju

MECÂNICA DA RETRAÇÃO

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MECÂNICA DA RETRAÇÃO O controle vertical durante a retração anterior Durante a retração anterior é imperioso que não existam contatos prematuros com os dentes ântero-inferiores, pois podem impedir o movimento dos dentes superiores para a região posterior. De uma maneira geral, as forças de retração ocasionam um aumento da sobremordida pela extrusão dos dentes anteriores durante a movimentação, necessitando de uma fase de sobrecorreção da sobremordida profunda, anterior à fase de retração propriamente dita, ao término do nivelamento e alinhamento dentário1,2,3. A angulação embutida nos caninos (Fig. 10) dos aparelhos pré-ajustados propicia ainda mais a extrusão dos dentes anteriores, necessitando de um controle vertical efetivo da sobremordida anterior. A utilização dos elásticos intermaxilares de Classe II como estratégia biomecânica para o aumento da magnitude de força anterior, durante a fase de retração, pode trazer como conseqüência um aprofundamento da sobremordida anterior, deven

Elásticos de Classe II

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Elásticos de Classe II Caracterizam-se por apoiarem-se na região do canino superior a um molar inferior, podendo ser o primeiro ou o segundo (Fig. 8). Podem ser fixados em ganchos presos no fio, ou diretamente nos dentes, por meio de ganchos presentes em acessórios como braquetes e tubos, ou em fios amarrados no braquete que servirão de locais para fixação dos elásticos. Uma alternativa é a utilização de arcos auxiliares como o sliding-jig, que potencializa o efeito de distalização nos molares superiores São indicados no tratamento da má oclusão de Classe II, com o intuito de exercer uma força distal nos dentes superiores e mesial no arco inferior. Entretanto, essas forças geralmente não são paralelas ao plano oclusal, resultando em componentes verticais e horizontais de força, que dependerão da localização e da distância entre os pontos de fixação dos elásticos. Quanto maior for essa distância ântero-posterior, a componente vertical de força poderá ser menor e a componente horizontal